MANIFESTO CONTRA O PACOTE ANTIPOPULAR - Assinamos!
- Murphy Stay
- 2 de nov. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 3 de nov. de 2024

Link para o manifesto: Manifesto contra o pacote antipovo
Falemos sem meias palavras: as políticas adotadas pelo governo Lula no campo da economia são neoliberais.
Ainda que o governo acene aqui e acolá para os movimentos sociais, através de ações isoladas no que diz respeito ao reconhecimento de pautas históricas da classe trabalhadora, em suas movimentações substanciais ele tem pavimentado o caminho de derrotas. Lula, Haddad e sua trupe caminham para a consolidação de uma dinâmica econômica e política cujos resultados amargos já conhecemos.
Em 2022 uma escolha foi feita: a rejeição de Bolsonaro. Tal escolha se materializou através tanto das manifestações pela vacina e contra o golpismo bolsonarista, como também nas urnas em 2022. Mas um “cheque em branco" foi assinado quando elegemos Lula sem que, em troca, ele fosse forçado a defender um programa econômico antiliberal e, de fato, de esquerda. No entanto, longe de ser um cheque com a assinatura dos setores burgueses, que não possuíam força suficiente para se livrar da figura de Jair Bolsonaro, nele constavam a rubrica dos trabalhadores e trabalhadoras, dos setores mais oprimidos e explorados do país, aos quais o que realmente interessa é o aumento real dos salários, a criação de postos de trabalho não precários, a valorização do SUS, o fortalecimento do nosso sistema público de ensino, o fortalecimento dos mecanismos de combate à bandidagem do agronegócio, a abertura do diálogo com os setores públicos e privados em greve e o aumento da qualidade de vida dos trabalhadores de um modo geral. Interesses que na verdade estão muito distante das intenções neoliberais de um governo que implementa políticas que fortalecem quase exclusivamente os setores burguesia. E o governo faz isso cinicamente, escondendo-se atrás dos símbolos de luta da classe trabalhadora.
Não é o momento para desânimo! É o momento da crítica e de realismo somados ao mais forte impulso de mobilização.
Por esse motivo a Revista Barravento assina e recomenda a assinatura do “Manifesto contra o Pacote Antipopular”, pois mesmo que este tenha limites em relação às verdadeiras necessidades de organização revolucionária de nossa classe, entendemos que tal organização se dá em muitas frentes e deve começar a partir de condições concretas expressas no manifesto. Abaixo um trecho do manifesto: "O pacote de austeridade agora anunciado e amplamente divulgado pela imprensa é a segunda fase desse programa: um ataque direto aos direitos sociais, buscando comprimir o que é garantido pela Constituição para que caiba dentro de um teto de gastos artificialmente limitado. As medidas em discussão incluem a flexibilização de direitos trabalhistas, como a redução da multa de 40% do FGTS para demissões sem justa causa e do seguro-desemprego, além de possíveis alterações no abono salarial e no BPC. O objetivo é claro: reduzir e restringir direitos básicos para obedecer às regras fiscais que priorizam as exigências do mercado às custas do bem-estar social. Mas quem paga essa conta? No caso do BPC, as principais vítimas são mulheres idosas negras e pessoas com deficiência, que constituem a maioria das beneficiárias e dependem diretamente desse programa para sobreviver. Trata-se de um pacote antipopular, que ignora deliberadamente as desigualdades estruturais do país e agrava a situação dos mais vulneráveis."
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